terça-feira, 22 de julho de 2014

Todos os engenheiros, donas de casa, 
economistas, padres, coveiros
taxistas, livreiros, prostitutas,
e até mesmo os filósofos – coisa rara –,
estavam de acordo:
não tarda nada e isto vai tudo ao chão.

Catrapumba – O estrondo foi silencioso, 
mas ouviu-se em todo o mundo.
Os entendidos tinham razão.

Isto na época devia ser realmente uma maravilha –
confessou deslumbrada uma turista.

Entretanto, vadio, passa um cão, levanta a pata
e urina respeitosamente na ruína.

Um outro turista,
um jovem de feições orientais,
enfia as lembranças num saco
e atenta no postal:
três fotos panorâmicas;
no rodapé, sobre um fundo branco,
vermelha e graúda,
a respectiva legenda:
Portugal.

dinismoura

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