sexta-feira, 19 de junho de 2015

Libertem o Sócrates!
Évora, 2015
Libertem o Sócrates!
Atenas, 399 a.C.
A História repete-se sempre, pelo menos duas vezes, disse Hegel.

quinta-feira, 23 de abril de 2015


Há uns anitos, o Dia Mundial do Livro era festejado assim. 












Na actualidade, ninguém os queima, os livros,

mas também quase ninguém os lê, o que é praticamente a mesma coisa. Nazis.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Exmo. Senhor Primeiro-Ministro Dr. Pedro Passos Coelho, a pedido de várias famílias, na sua grande maioria portuguesas, por favor, demita-se… Peço perdão – queria dizer dinamite-se.

quarta-feira, 4 de março de 2015

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O futuro primeiro-ministro António Costa admitiu que o cemitério está melhor hoje do que há quatro anos. E o socialista está coberto de razão ao fazer tal constatação: o espaço disponibilizado para as sepulturas aumentou consideravelmente nos últimos tempos. Além disso, o grande número de contratações de coveiros e auxiliares de coveiros, medida que tem permitido uma gestão eficaz dos cadáveres, contribui de igual modo para esta melhoria. Estamos incontestavelmente no bom caminho.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Mamã
hoje na catequese
aprendi a fazer
a saudação nazi.

A minha catequista disse-nos
que a Alemanha
é um pais poderoso
e muito rico.
O que são os prémios nobel
mamã?

Quando for grande
quero ser alemão.

dinismoura 

domingo, 28 de dezembro de 2014

O recluso nº 44



“Portugal produz dois géneros de homens com uma perfeição admirável: maus políticos e péssimos governantes” (Confidências de um português indignadíssimo).
Este apotegma vem corroborar cabalmente a índole – até porque primou por ambos – do biltre que a transtornada e nem sempre honesta justiça portuguesa decidiu encarcerar preventivamente na ala feminina do Estabelecimento Prisional de Évora, onde lhe foi atribuído o número 44. Foi um mau político visto que desde a sua chegada à ribalta política foi sempre um sujeito medíocre, um arrivista, um autoritário, um narcisista, um convencido, um salafrário que tratou sempre mal os seus adversários e a maior parte dos jornalistas. Foi um péssimo governante porque, ademais de manter invariável aquela conduta, teve por diversas vezes o seu nome envolvido em vários processos judiciais. Porém, mais grave, muito mais grave, foi o que fez com Portugal e os portugueses: deixou-os na penúria, atirou o país para a ponta da cauda da Europa e atolou-os em dívidas à banca estrangeira até, pelo menos, ao ano 2050. “If you want to test a man´s character, give him power.” Tirada de um grande político, de um notável governante, Abraham Lincoln, que considero assaz oportuna.
O recluso nº 44, nos mais de seis anos em que governou o país, declarava às Finanças um rendimento mensal de 5 mil euros, mas tinha o nome gravado na montra da House of Bijan, a loja “que veste os mais ricos”, segundo o jornal USA Today, a loja onde o “prime minister of Portugal” comprava amiúde fatos no valor de 35 mil euros. Além de colecionar fatos caríssimos, o recluso nº 44, nos mais de seis anos que governou o país, coleccionou igualmente trapaças. Recordemo-las.
Iniciado em 2004, o Caso Freeport arrastou-se até 2012, sem resultados. O recluso nº 44, que nunca chegou a ser constituído arguido, foi um das figuras centrais sobre o licenciamento do centro comercial Freeport.  
Em 2007, durante o seu primeiro governo, o recluso nº 44 viu de novo o seu nome envolvido em outra polémica, desta feita a conclusão da sua licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Independente, em 1996. O processo, em que constavam documentos por assinar e carimbar, contradições nas notas, datas confusas, professores repetidos, redundou esperavelmente em nada.
Seguiu-se o caso Taguspark. Em causa esteve o pagamento de 750 mil euros ao ex-jogador Luís Figo para o apoio deste à campanha eleitoral do recluso nº44 nas legislativas de 2009, uma jogada que deu os seus frutos.
Em 2010 soube-se que o recluso nº 44 fora o projectista e o responsável de 26 obras na Guarda entre 1987 e o final de 1990, numa altura em que era deputado do PS. Os projectos foram realizados a “pedido de amigos” e não auferiu qualquer remuneração, explicou na altura o então primeiro-ministro.
No caso Face Oculta, em que um certo ex-ministro socialista e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos e do Millenium BCP foi condenado a um lustro por tráfico de influência, o nome do recluso nº 44 também surgiu. Uma vez mais, como não poderia deixar de ser, safou-se.
Depois de sair do governo e do partido, o recluso nº 44, para vingar a humilhação da Uviversidade Independente, decidiu ir estudar para a capital francesa, com o objectivo de fazer um mestrado no Institut d'Études Politiques de Paris. Enquanto por lá andou, o recluso nº 44 viveu num apartamento de 225 metros quadrados de um luxuoso prédio em pedra de talha, uma propriedade imobiliária de 2, 25 milhões de euros situada no “seizième”, o bairro mais caro da cidade-luz, um luxo, achava ele, que lhe cabia. O recluso nº 44 levava uma vida opulenta, a gastar cerca de 15 mil euros por mês, isto sem ter poupanças ou emprego conhecidos — a não ser a “fortuna pessoal que vem da mãe”. O recluso nº 44 frequentava alguns dos restaurantes mais finos, onde as refeições ultrapassam os cem euros. Vivia ainda com o filho mais velho, estudante num colégio privado que custava 2186 euros por mês.
Acresce a este fausto a opípara quantia – 20 milhões de euros – que tem depositada no banco suíço UBS.  Balzac escreveu uma vez que “todas as fortunas assentam num crime." A fortuna do recluso nº 44 assenta em múltiplos: corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, entre outros.
Além destes factos, a curiosidade, bem reveladora da sua personalidade, de, alegadamente, segundo o jornal Sol, de 22-11-2014, ter comprado trinta mil exemplares do seu livro A confiança no mundo, de forma a fazer subir o livro no ranking de vendas nacional. 
Poucos dias depois, quando questionado pelos jornalistas sobre se acreditava na inocência do recluso nº 44, o antigo Presidente da República e fundador do PS respondeu “com certeza". Eu com certeza que também não acredito na sua inocência.



dinismoura