sábado, 12 de janeiro de 2013

Sonho



Esta noite tive um sonho de bastas nuanças rocambolescas.
Oxalá seja premonitório e venha a concretizar-se o quanto antes.

Narro aqui os derradeiros momentos.

No sonho eu era motorista do nosso estimado primeiro-ministro.  
Tínhamos deixado o Palácio de São Bento há minutos, quando de rompante, nos bancos traseiros da berlina alemã, um ataque de caspa agudo arranca num ápice a totalidade do polvo à lagareiro que sua excelência tinha ingerido ao almoço.
 Acorri o mais rápido que pude ao serviço de urgências do Hospital de Santa Maria.
 Depois dos variegados transtornos com que nos deparámos no interior do hospital, a muito custo, e não sem alguma atribulação, lá conseguimos ser atendidos na unidade de obstetrícia e ginecologia.
Durante uma hora e dez minutos esperei pelo parecer da equipa médica que tomou em mãos o ilustre enfermo.
Após uma aturada espera, eis que surge um dos médicos, estranhamente segurando uma garrafa de champanhe nas mãos e rodeado de duas enfermeiras lascivamente despenteadas e de batas desabotoadas até a um vistoso decote libidinoso.
- Então, Sr. Dr., que tem a dizer-me relativamente ao estado do Sr. Primeiro-Ministro?
- Infelizmente, sucedeu o pior, caro senhor. O Sr. Primeiro-Ministro sucumbiu na sequência de várias complicações decorrentes da autópsia.
Dez minutos após o óbito, os corredores do hospital pareciam a rotunda do Marquês do Pombal quando o Benfica ganha um campeonato. Eu juntei-me à festa e apanhei a maior bebedeira da minha vida.

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