Esta noite tive um sonho de
bastas nuanças rocambolescas.
Oxalá seja premonitório e
venha a concretizar-se o quanto antes.
Narro aqui os derradeiros
momentos.
No sonho eu era motorista
do nosso estimado primeiro-ministro.
Tínhamos deixado o Palácio
de São Bento há minutos, quando de rompante, nos bancos traseiros da berlina alemã,
um ataque de caspa agudo arranca num ápice a totalidade do polvo à lagareiro que
sua excelência tinha ingerido ao almoço.
Acorri o mais rápido que pude ao serviço de urgências
do Hospital de Santa Maria.
Depois dos variegados transtornos com que nos deparámos
no interior do hospital, a muito custo, e não sem alguma atribulação, lá conseguimos
ser atendidos na unidade de obstetrícia e ginecologia.
Durante uma hora e dez minutos
esperei pelo parecer da equipa médica que tomou em mãos o ilustre enfermo.
Após uma aturada espera,
eis que surge um dos médicos, estranhamente segurando uma garrafa de champanhe
nas mãos e rodeado de duas enfermeiras lascivamente despenteadas e de batas
desabotoadas até a um vistoso decote libidinoso.
- Então, Sr. Dr., que tem
a dizer-me relativamente ao estado do Sr. Primeiro-Ministro?
- Infelizmente, sucedeu o
pior, caro senhor. O Sr. Primeiro-Ministro sucumbiu na sequência de várias
complicações decorrentes da autópsia.
Dez minutos após o óbito,
os corredores do hospital pareciam a rotunda do Marquês do Pombal quando o Benfica
ganha um campeonato. Eu juntei-me à festa e apanhei a maior bebedeira da minha
vida.
Pena ser só um sonho!!!
ResponderEliminar