Neste dia de outono invernal, neste país onde há mais
feriados que dias primaveris, que tal pôr a tocar nas grafonolas das nossas sensações, alto e bom som, o “Verão” de Glazunov, para
desmelancolizar?
Caríssimos políticos e respectivo entourage, como hinduísta devoto,
neste momento penoso só tenho um conselho a dar-lhes: ajoelhem-se, unam as mãozinhas
e façam como os budistas: rezem um pai-nosso e um alqueire de ave-marias a Alá.
O judaísmo garante que este singelo procedimento taoista faz milagres.
A geada que durante a noite passada fustigou a cumeeira dos
meus pensamentos, um duro revéspara o
renovo da minha filosofia, queimou todo
o meu cebolo metafísico.